Maus-tratos contra animais mobilizam a sociedade

11/01/2012 22:57

 

Atualmente, a sociedade sensibiliza-se mais com os maus-tratos impingidos a animais, principalmente a cães e gatos, que vivem próximos das famílias. No entanto, a comoção que alguns casos provocam ao serem exibidos pelas mídias e redes sociais, ainda não se traduziu em punições efetivas dos infratores. E não modificou comportamentos socialmente aceitos que causam sofrimento, como a manutenção de cães acorrentados, sem assistência veterinária e sem abrigo adequado.

Alguns casos extremos, como o cão atado a um carro em movimento e arrastado por centenas de metros, e o filhote enterrado vivo, exibidos em rede nacional pelas principais mídias, mobilizam pessoas e levam à criação de abaixo-assinados exigindo que os responsáveis pelos crimes sejam punidos severamente. E voltam à tona pedidos para a reforma da legislação com o agravamento de penas.

Entre ONGs de proteção animal, existe consenso a respeito da maior sensibilidade da população em relação ao sofrimento dos animais. Mas até onde essa sensibilização se traduz em consciência a respeito da necessidade de tratar os animais com maior consideração e cuidado, as ONGs não conseguem avaliar com precisão. Outro ponto complexo é definir se todos os efeitos da comunicação instantânea são positivos, incluindo a facilidade de contatar políticos e outras autoridades.

Simone Lima, diretora geral da ONG Pró-Anima, em Brasília, observa que “o atual tempo da comunicação não é o tempo da reflexão, da construção de estratégias, da verdadeira articulação entre entidades”. Todos têm acesso a tudo, e não necessariamente se preparam para atuar politicamente em nome da defesa dos animais, diz a ativista.

Antigamente, quem defendia animais era tido como diferente e era desrespeitado. “Há oito anos entrei em uma delegacia do meio ambiente em Brasília com uma denúncia de maus-tratos e fui humilhada. Hoje os policiais colaboram com as ações da Pró-Anima”, revela Simone.

A pressa impera e provoca equívocos

 

 

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